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A prática de exercícios físicos na luta contra a depressão

28/05/2018 at 16:19 · · Comentários desativados em A prática de exercícios físicos na luta contra a depressão

A prática de exercícios físicos na luta contra a depressão

A prática de atividades esportivas tem se mostrado uma excelente ferramenta para uma boa qualidade de saúde mental e importante tanto na prevenção quanto como um dos componentes do tratamento dos transtornos psiquiátricos mais comuns entre eles a depressão e os transtornos de ansiedade.

O esporte traz à vida de quem o pratica benefícios psicológicos, sociais e biológicos. Tais benefícios são cruciais para a melhoria de sintomas debilitantes da depressão como alguns que explico a seguir:

Benefícios psicológicos e sociais:

Melhora a auto-estima e a confiança: ao realizar novos desafios e conseguir cumprir metas ampliando a nossa auto-percepção de capacidade; além disso as mudanças corporais devido a prática esportiva trazem uma maior satisfação a quem pratica

Possibilita uma maior interação social: o esporte é uma ótima oportunidade de se conhecer novas pessoas, fazer novos amigos e melhorar as nossas habilidades sociais, principalmente aqueles praticados em grupos ou equipe.

Adoção de uma nova rotina: com a frequência da prática esportiva automaticamente, sem que a gente perceba, passamos a adotar uma nova disciplina de vida com regularização de horários mais adequados ao nosso dia-a-dia, alimentação mais saudável e surgimentos de novos planos e metas para o futuro.

MUDA o foco: o paciente com depressão tem a possibilidade de sair de uma ruminação quase que obsessiva de pensamentos negativos, pessimistas e autodestrutivos enquanto está praticando o exercício e se concentrando na execução desse, observando o que o cerca e se dedicando a ter novos pensamentos e sensações corporais.

Benefícios bioquímicos:

Aumenta a liberação de neurotransmissores que encontram-se abaixo do nível e funcionamento normal nos pacientes deprimidos e ansiosos, o que está relacionado com os principais sintomas desses transtornos. Com a prática do esporte o organismo passa, naturalmente, a produzir em maior quantidade as substâncias serotonina, noradrenalina e dopamina (relacionadas com sensações de prazer, energia, disposição, relaxamento e regulação do humor).

Aumenta o fluxo sangüíneo e o metabolismo no córtex pré-frontal (área do cérebro relacionada com atenção, psicomotricidade, capacidade executiva, planejamento e tomada de decisão).

Aumenta a produção de substâncias neurotróficas como o BDNF (fator neurotrófico derivado do cérebro) que promovem a plasticidade neuronal estimulando a formação de novas células neuronais, facilita e melhora a qualidade da comunicação entre as células cerebrais e promove melhora na morfologia dessas melhorando assim várias funções cognitivas como a nossa capacidade de aprendizado e memória.

Ação anti-inflamatória: o organismo do paciente em depressão funciona com alterações bioquímicas que o coloca em um estado permanente de inflamação sistêmica. O esporte atua como um agente anti-inflamatório facilitando a diminuição de substâncias pró inflamatórias e o aumento de liberação de substâncias anti-inflamatórias.

Melhora a qualidade do sono. A atividade física ajuda a promover um ajuste no nosso ciclo circadiano regulando o nosso relógio biológico e facilitando um sono mais profundo e revigorante.

Os estudos mais atuais são unânimes em apontar os benefícios da atividade física para a nossa saúde mental seja qual for a modalidade ou tipo de esporte; entretanto, os exercícios aeróbicos como caminhadas, natação, ciclismo tem se mostrado ainda mais benéficos em relação aos anaeróbicos. Observa-se ainda que o mais importante para o ganho dos benefícios biológicos não é a intensidade do exercício e sim a duração e regularidade do mesmo; os efeitos já são produzidos a partir de 15 minutos de atividade física, sendo o ideal uma rotina de 20 a 60 minutos de 3 a 5 vezes por semana.

 

 

Thiago Moraes

Médico Psiquiatra

CRM 5944 | RQE 3413

AUTISMO

15/04/2018 at 21:43 · · Comentários desativados em AUTISMO

AUTISMO

 Hoje vamos falar do Autismo, qué um transtorno de desenvolvimento que geralmente aparece nos 3 primeiros anos de vida e compromete as habilidades de comunicação e interação social.

O Transtorno do Espectro Autista é definido pela presença de “Déficits persistentes na comunicação social e na interação social em múltiplos contextos”, de acordo com o DSM-V.

As causas do autismo ainda são desconhecidas, porém sabe-se que a genética e agentes externos desempenham um papel chave nas causas do transtorno.

Existem diversos sintomas que podem indicar autismo, e nem sempre a criança apresentará todos eles. Entre os grupos desses sintomas estão:

INTERAÇÃO SOCIAL: Não faz amigos, não participa de jogos interativos, é retraído, pode não responder a contato visual e sorrisos ou evitar o contato visual, pode tratar as pessoas como se fossem objetos, prefere ficar sozinho, em vez de acompanhado e mostra falta de empatia.

RESPOSTA A INFORMAÇÕES SENSORIAIS: Não se assusta com sons altos, tem a visão, audição, tato, olfato ou paladar ampliados ou diminuídos, pode achar ruídos normais dolorosos e cobrir os ouvidos com as mãos, pode evitar contato físico por ser muito estimulante ou opressivo, esfrega as superfícies, põe a boca nos objetos ou os lambe e parece ter um aumento ou diminuição na resposta à dor.

BRINCADEIRAS: não imita as ações dos outros, prefere brincadeiras solitárias ou ritualistas e não faz brincadeiras de faz de conta ou imaginação.

COMPORTAMENTOS: Acessos de raiva intensos, fica preso em um único assunto ou tarefa (perseverança), baixa capacidade de atenção, poucos interesses, é hiperativo ou muito passivo, comportamento agressivo com outras pessoas ou consigo, necessidade intensa de repetição e faz movimentos corporais repetitivos.
Não existe cura para autismo, mas existem formas de tratamento. Há várias terapias para autismo disponíveis, incluindo: Terapias de comunicação e comportamento, medicamentos, terapia ocupacional, fisioterapia, terapia do discurso/linguagem, entre outras.
Se seu filho se encaixa em alguns desses sintomas, procure um especialista.

 

 

 

JÉSSICA CALEGARI
Psicóloga
CRP 15/3617

Psicofobia

15/04/2018 at 21:35 · · Comentários desativados em Psicofobia

Psicofobia

12 de abril marca o Dia Nacional de Enfrentamento à Psicofobia, o preconceito contra os portadores de transtornos psiquiátricos e contra a própria psiquiatria.  A data foi escolhida em alusão ao nascimento do artista Chico Anysio, que sofria de depressão, patrono da campanha contra a Psicofobia e do projeto “A sociedade contra o preconceito”.   Segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS, cerca de 720 milhões de pessoas sofrem com transtornos psiquiátricos em todo o mundo.

 

A falta de informação e o preconceito contra o portador de transtorno mental muitas vezes faz com que as pessoas evitem buscar o tratamento adequado de forma precoce o que leva ao agravamento do quadro com intensificação dos sintomas, prolongando seu sofrimento e atrapalhando o desempenho laboral e relacionamentos pessoais. O estigma de que o psiquiatra é “médico de louco” e a falsa crença de que todos os medicamentos psiquiátricos são perigosos e viciantes mostram o quanto a população em geral é carente de informação de boa qualidade. Basta se dar conta de que o psiquiatra é o médico das emoções, das vontades, dos humores e afetos e ir ao psiquiatra nada mais é do que ir cuidar de tudo aquilo que nos faz humanos.

 

THIAGO MORAES
Médico Psiquiatra
CRM 5944 | RQE 3413

Curso de formação em hipnose clínica com inscrições abertas em Maceió

15/03/2018 at 18:07 · · Comentários desativados em Curso de formação em hipnose clínica com inscrições abertas em Maceió

Curso de formação em hipnose clínica com inscrições abertas em Maceió

O curso é ministrado há 21 anos em Alagoas pelos psicólogos João Facchinetti e Fatima Calegari

Estão abertas as inscrições para o curso de “Formação em Hipnose e Psicoterapia Breve” em Maceió. Realizado pelo Instituto Erickson de Alagoas, é  reconhecido pela The Milton H. Erickson Foundation Inc., instituição sediada em Phoenix, Arizona (EUA). A formação é direcionada para uma atuação profissional que utilize a hipnose exclusivamente para fins terapêuticos. As aulas têm inicio em 07 de abril e acontecem na sede do Instituto.

Ministrado pelo médico e psicólogo João Facchinetti e pela psicóloga Fátima Calegari, a Formação é voltada para profissionais e estudantes de psicologia, medicina, odontologia, fisioterapia e enfermagem.  Os módulos são teóricos, práticos e vivenciais, onde o aluno não somente aprende a trabalhar com hipnose teoricamente, mas também exercita durante todo o curso a fundamentação teórica e a parte prática com estágio supervisionado na Clínica Escola do Instituto.

Ao final do curso o aluno com formação em psicologia ou medicina será capaz de trabalhar como Psicoterapeuta Ericksoniano. Os demais profissionais saberão utilizar a hipnose para aplicações clínicas nas suas áreas especificas.

O curso tem carga horária de 270 horas/aula, com duração de 24 meses.  As aulas ocorrerão uma vez a cada mês, aos sábados (manhã e tarde).

Dra. Fátima Calegari (Psicóloga CRP 15/1415) – Psicoterapeuta Ericksoniana; Especialista em Desenvolvimento Humano pela UFAL; com formação complementar em “A arte de curar com hipnose” – com Stephen Gilligan (USA). É diretora do Instituto Erickson de Alagoas e Supervisora de estágio Clinica.

 

Dr. João Facchinetti – (Médico CREMAL 2019 | Psicólogo CRP 15/2972) – Mestre em Psicoterapia Ericksoniana – México; Psicoterapeuta Ericksoniano. É diretor do Instituto Erickson de Alagoas

 

Inscrições e mais informações pelos telefones: (82) 3326-1421 | (82)99648.3837 (WhatsApp) ou na Page do curso: https://cursohipnoseinstit.wixsite.com/curso.

  

Ser, prazer e comportamento

06/03/2018 at 11:07 · · Comentários desativados em Ser, prazer e comportamento

Ser, prazer e comportamento

O prazer é ele mesmo a máquina propulsora que determina escolhas, preferências, gostos, por isso se faz necessário mantê-lo vivo. É como a respiração que proporciona ao corpo a energia necessária ao funcionamento e manutenção do organismo.

O desprazer vem da inadequação da mente e do corpo, pelos valores e crenças inseridos, que a depender da rigidez com que foi alicerçado ou da persistência do fato/evento pode nos levar a não encontrar nos estímulos motivações para superar as barreiras. Ele é gerador de uma vulnerabilidade que nos leva a um comportamento apático, submisso, dependente, reduzindo as possibilidades do pensar e agir, quer de uma forma pessoal ou coletiva.

A perda do prazer nos faz abrir mão de máscaras que usamos ou mesmo de reformulá-las em busca de uma nova adequação, pois o mesmo desorganiza pensamentos, sentimentos, funcionamento motor, transformando até o que é inato em nós – as relações e a comunicação – pela geração de uma dissociação tal que nos desvia da realidade, desconstruindo quem somos.

Tal prática força-nos a ressignificar ou mesmo dissuadir o que somos ou o que pensávamos ser, em nome de uma relatividade social a qual devemos nos submeter com flexibilidade, do contrário estaremos condenados à incompatibilidade social.

Na objetividade de nossas ações descobrimos a necessidade dos mecanismos de defesa, que é o corpo em busca de soluções que tragam equilíbrio pela não satisfação de um prazer. Eles nos auxiliam a lidar com nossos sofrimentos e angústias, mascarando o desejo ou mesmo as verdadeiras intenções que permanecem contidas no inconsciente, despertando medos e inseguranças, que ocorrem porque o ser, em sua substância, necessita de mais da vida.

E assim surge a compreensão de que a percepção é um reflexo, como num espelho, de nossas vivências, que nos deixam marcas quer sejam elas superficiais ou profundas.

Precisamos aprender a não negar os nossos sentimentos, emoções, gostos. Precisamos aprender a nos conhecer, a cultivar o autoconhecimento e exercitar o gerenciamento pessoal para sabermos que solução buscar. “Buscar o caminho que tem coração”, como diz Tereza Robles. É nesse sentido que nós do Instituto Erickson nos colocamos ao seu dispor.

 

Texto: Djane Maria Silva Pinho de Oliveira

Psicóloga Clínica

CRP 15-3993